Cartografia social para povos e comunidades tradicionais

Cartografia social para povos e comunidades tradicionais
Participação Cidadã, Cidadania Cultural, Inclusão e Sustentabilidade, Desenvolvimento Econômico Local, Democracia e Participação, Convivência e Paz
2 de fevereiro de 2009

O Projeto Nova Cartografia Social foi exposto em 31 de janeiro, na Tenda da Cartografia Social, localizada na UFRA. O projeto consiste em implementar a auto-cartografia dos povos tradicionais, para que eles não apenas conheçam os processos de ocupação, mas também fortaleçam a autoapropriação cultural dos povos tradicionais e de sua identidade.

Segundo a equipe de colaboradores do PNCSA (Projeto Nova Cartografia Social na Amazônia), a cartografia se mostra como um elemento de combate. Combate este atribuído à autoafirmação social passível às comunidades que tendem a ser excluídas e terem suas culturas secundarizadas.

O processo seguido pela equipe do PNCSA se inicia com a busca pela comunidade: o movimento social procura pelos pesquisadores para realizar a cartografia. Em seguida é realizada uma oficina de mapas, onde os pesquisadores ensinam técnicas de mapeamento e GPS, para que os mapas possam ser produzidos pela comunidade. A partir desta cartografia, o PNCSA produz fascículos com as informações sobre a região do povo tradicional, servindo estes como elementos concretos de auto-afirmação social dos movimentos.

Segundo fonte disponibilizada no evento, “o projeto produziu até o momento um total de setenta fascículos, organizados em seis séries, referentes ao trabalho das três primeiras etapas de pesquisa, entre março de 2005 e janeiro de 2009. Produziu também 13 livros e um mapa (síntese referente à área ecológica dos babaçuais). A tiragem total dos fascículos corresponde a 85 mil exemplares, a dos livros (desde 2005), a 13 mil e a dos mapas a 7,4 mil exemplares.”

Após os depoimentos de integrantes dos movimentos sociais relacionados aos povos tradicionais como as quebradeiras de babaçu e outros, se percebe a necessidade de fortalecimento de cada população tradicional, para que suas identidades sejam afirmadas e não deixadas de lado por um país conhecido pela falta de memória.

* estagiária da equipe de Direito a Cidade do Pólis

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