Resíduos Zero na Cidade, é possível!
É direito à cidade ter acesso a programas de coleta seletiva de resíduos em três tipos: orgânicos ou compostáveis, materiais recicláveis e rejeitos. Mas como isso seria possível?
O Poder Público Municipal deve se responsabilizar pela coleta, destinação e tratamento da matéria orgânica, que poderia ser aproveitada nos cinturões verdes das cidades, nas áreas de conservação, parques e jardins etc.
Já os materiais recicláveis, pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, são de responsabilidade do fabricante, importador, distribuidor e comerciante, que devem arcar com os custos da coleta e o pagamento das cooperativas de catadores. O setor produtivo também deve arcar com o custo de coletar e dispor os rejeitos em aterros sanitários.
Atualmente, existem cerca de 85 mil catadores, e 1.236 cooperativas atuantes no Brasil, que educam a população, geram trabalho e renda e preservam o meio ambiente. Isso mostra que existe, sim, capacidade destes materiais serem processados, desde que estas pessoas recebam apoio do poder público para se estruturarem e sejam remuneradas de forma digna pelo setor produtivo, responsável pela logística reversa.
A sociedade deve ser educada para separar seus resíduos em três tipos, desde que haja a infraestrutura para coleta e tratamento dos mesmos. Pode também pressionar as empresas para mudarem o padrão de produção e distribuição para não gerarem resíduos e reduzirem sua geração, seja introduzindo embalagens retornáveis para a mesma finalidade, seja banindo descartáveis, entre outras medidas.