Projeto difunde tecnologias sociais para moradias urbanas mais sustentáveis
de Comunicação Pólis
O conceito de Tecnologia Social (TS) compreende o senso de coletividade e tem como princípios a autogestão, a inclusão social, a economia solidária, o respeito cultural e a sustentabilidade ambiental.
Em 2001, a reaplicação da Tecnologia Social “Cisterna de Placas” se tornou a política pública Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), do governo federal, para solucionar o problema da falta de água no semiárido brasileiro. Devido ao sucesso dessa ação, realizada em parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB), surge o projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social.
Na esfera do Programa Nacional de Habitação Urbana – PNHU,o objetivo do projeto é potencializar os efeitos do Trabalho Social dos 124 empreendimentos imobiliários financiados pelo Banco do Brasil que serão entregues pelo Programa Federal do Minha Casa Minha Vida.
O Moradia Urbana TS é dividido em duas fases:
A primeira fase é desenvolvida com base na experiência da ONG Rede Internacional de Ação Comunitária – Interação. Nessa etapa, será feito o processo de autorrecenseamento, isso é, um censo entre os moradores dos empreendimentos, para o recolhimento de informações necessárias como dados demográficos e perfil socioeconômico.
Além do autorrecenseamento, a Rede Interação também fomenta a criação de uma poupança comunitária e intercâmbio entre os participantes, o que funciona como uma forma de organização e mobilização comunitária. Os habitantes adquirem aprendizagens coletivas, pois passam a se apropriar de novos conhecimentos sobre a área em que vivem e, dessa maneira, ampliam seu diálogo e negociação com o poder público.
Na segunda fase, após esta primeira mobilização social e organização comunitária , atuarão quatro ONGs idealizadoras de tecnologias sociais: Instituto Redecriar, Associação Vaga Lume, CEPAGRO – Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo e Pólis – Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais..
As ONGs organizarão workshops para repassarem seus conhecimentos para ONGs regionais. Estas encarregam-se de transmitir os aprendizados para moradores locais. O Instituto Redecriar é responsável pela TS Joias Sustentáveis, na qual são reaproveitadas embalagens plásticas para a criação de peças artesanais. Já a Associação Vaga Lume tem como objetivo promover o acesso ao livro e à leitura a partir da TS de Bibliotecas Comunitárias.
Além dessas, o CEPAGRO propõe a TS “A Revolução dos Baldinhos”, cujo intuito é dialogar com soluções de problemas de saneamento ambiental e organização comunitária. Por fim, o Instituto Pólis é responsável pela TS Hortas Urbanas, no qual a proposta é transformar ambientes urbanos e periurbanos em espaços mais sustentáveis, por meio da produção de alimentos e ervas medicinais.
A TS Hortas Urbanas dialoga com diferentes áreas: segurança alimentar, saúde, economia, sociedade, cultura, ambiente, política e ética. Algumas técnicas propostas são:
- utilização de sistemas naturais para o equilíbrio de hortas
- preparo de fertilizantes naturais para o combate de pragas
- utilização de adubos orgânicos não prejudiciais ao solo
- estimulo ao controle biológico e natural de pragas e doenças
- diversificação da produção do plantio
Hortas Urbanas e alimentação de qualidade
A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) defende que é o direito de todos ter acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem deixar de atender outras necessidades essenciais, com base em práticas alimentares saudáveis, que respeitem a diversidade cultural e que sejam sociais, econômicas e ambientalmente sustentáveis.
Desde então, o tema da agricultura urbana e periurbana vem sendo integrado à área de segurança alimentar e nutricional, construindo um campo de convergência conceitual. A emergência da temática da Agricultura Urbana e Periurbana e a sua inserção na agenda do governo federal é marcada pela participação dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada, que ao longo dos últimos anos vem desenvolvendo significativas experiências e participação ativa no debate público.
Sendo assim, a TS Hortas Urbanas preocupa-se com a reeducação alimentar e com o incentivo à produção de alimentos livres de agrotóxicos em meio urbano de forma econômica. Estrategicamente, a TS Hortas Urbanas também oferece melhoria à gestão de resíduos sólidos urbanos, à revitalização de espaços urbanos ociosos, à ampliação da permeabilidade do solo e de áreas verdes, entre outros.
Como resultado, o projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social espera fortalecer a consciência cidadã, estimular a capacidade de organização de atividades coletivas e consolidar o processo de cadeia produtiva sustentável, na qual integra-se a produção, comercialização e consumo.
As tecnologias sociais são entendidas como ferramentas que despertam soluções para transformações profundas. Elas objetivam fazer o desenvolvimento de um espírito solidário a partir da criação e compartilhamento de iniciativas inovadoras em comunidades.
Faça download gratuito da publicação “Hortas Urbanas”
Para conhecer mais sobre o projeto, clique aqui e acesse o site
Anterior / Próximo
Adorei a proposta. Sonho com uma grande horta em nosso edificio, mas os recurso sao escassos. Sonho em transforma lo em um ed. sustentável. Completei 30 anos de formada em serviço social e completarei 54 anos de vida, agora no dia 12. Qm sabe com esse nosso encontro lançaremos um lindo projeto em parceria onde teremos em breve nossa horta comunitária dentre tantas outras possibilidades no terraço do meu edificio?
Sonha sonha….um dia acontece. Aguardo manifestações.
Olá Maria,
Obrigada pelo relato! Torcemos para que você consiga exercer a horta urbana em seu edifício, pois isso certamente contribuirá para uma cidade mais sustentável.
Ficamos contentes em saber que você adorou a proposta, espero que a cartilha ajude na realização do seu sonho!
Abraços,
Nathalia Parra
Equipe de Comunicação Pólis
parabéns pelo magnífico trabalho…
muito bom esse trabalho, parabéns pela grande iniciativa !
Bom noite, sou Matheus Burity, estudante do ensino médio-técnico (em design/comunicação visual) e pretendo cursar arquitetura. Estou me apresentando porque gostaria de ajudar de alguma forma com algum projeto social. Eu poderia ajudar de qualquer forma, seja com as habilidades em design ou com qualquer outro tipo de serviço voluntário que eu possa oferecer
Olá Matheus,
Infelizmente o Instituto Pólis não trabalha com voluntariado.
Mas agradecemos pelo seu interesse em trabalhar conosco.
Atenciosamente,
Caroline Oliveira
Equipe de Comunicação