Pólis realiza oficina em Monguaguá sobre os desafios para o desenvolvimento sustentável

Participação Cidadã, Resíduos Sólidos, Segurança Alimentar e Nutricional, Inclusão e Sustentabilidade, Formação, Desenvolvimento Econômico Local, Democracia e Participação
19 de julho de 2012

Dia 17 de julho foi realizada em Monguaguá mais uma entre as 13 oficinas que fazem parte do projeto Litoral Sustentável – Desenvolvimento com Inclusão.
Fragilidades e potencialidades dos municípios e questões consideradas importantes para alavancar o processo de desenvolvimento foram discutidas na oficina que contou com cerca de 45 pessoas, entre elas pessoas associadas à ONGs, associações de bairro, pescadores, ambulantes e moradores da região.
A reflexão sobre um modelo de desenvolvimento que respeite o meio ambiente, dúvidas sobre o poder efetivo dos planos a serem elaborados, o desejo de maiores investimentos no ecoturismo e na educação da região e a elaboração de estratégias para a construção de uma cultura participativa no município foram ações manifestadas no encontro que durou cerca de três horas.
O turismo foi apontado como um importante campo a ser ainda desenvolvido para garantir um desenvolvimento sustentável na região. “A verdade é que nos falta aqui o que temos no Rio de Janeiro”, afirmou Raimundo Augusto da Silva, da associação Nova Esperança.”Nos falta a propaganda e a mídia”, completou Vania Sarmento, da Rotary Club.

Vania Sarmento (Rotary Club) e Raimundo Augusto da Silva (Associação Nova Esperança)

A comunidade indígena que vive em Monguaguá foi apontada como um importante grupo social que ao invés de ser ignorada pelo poder público pode trazer importantes contribuições para o fomento ao turismo e à garantia de um desenvolvimento sustentável na região.
“Quem faz uma cidade?” foi a questão que conduziu o debate quando se discutia sobre a ausência da organização e qualidade de discussão entre as organização sociais do município, e sobre os limites da participação. Para alguns a responsabilidade sobre um crescimento urbano de qualidade é do poder público, para outros depende do nível e qualidade da organização da sociedade civil. “Quem faz uma cidade não é o governo ou o prefeito, somos nós”, afirmou Lindaura Branco Lima, vendedora ambulante da cidade.

“Seria importante pensarmos no conceito de crescimento coletivo”, afirmou o morador Jocélio Miguel do Nascimento, ao destacar a importância da educação na construção de cidades sustentáveis.

Lindaura Branco Lima (vendedora ambulante) e Jocélio Miguel do Nascimento (morador)
“Devemos fazer festas de resgate cultural no nosso município”, afirmou Rodrigo Rocchi, integrante da colônia de pescadores da região.  A necessidade do fortalecimento de uma identidade do município, da construção de uma “cara da cidade”, foi elemento de discussão que apareceu em todas as oficinas, segundo Inácio da Silva, técnico e oficineiro do Instituto Pólis.
Inácio da Silva também esclareceu funções do projeto Litoral Sustentável durante a oficina. “Sobre as expectativas, é importante que fique claro que ao planejarmos o futuro, não é o Pólis que irá garantir um desenvolvimento inclusivo e sustentável, e sim os próprios municípios”.


Rodrigo Rocchi (Colônia de Pescadores) e Inácio da Silva (técnico do Instituto Pólis) 
As oficinas fazem parte do momento de escuta do projeto às lideranças de organizações e movimentos sociais das regiões para integrá-los à construção de um diagnóstico socioambiental participativo dos municípios do Litoral Norte e da Baixada Santista e de um programa de desenvolvimento sustentável para a região.
Saiba mais sobre o projetohttp://litoralsustentavel.org.br/

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