Mães em Luta: Dez anos dos Crimes de Maio de 2006

Mães de Maio e Ponte Jornalismo
O que é Direito à Cidade?, Reforma Urbana
23 de novembro de 2016

Livro traz histórias de mulheres de tiveram seus parentes mortos por agentes da força de segurança pública

Na última quinta-feira, 17 de novembro, aconteceu o lançamento do livro Mães em Luta: Dez anos dos Crimes de Maio de 2006, na Faculdade de Direito da USP. Organizado pelo jornalista André Caramante da Ponte Jornalismo e com prefácio da jornalista Eliane Brum, a publicação nasceu de uma parceria do Movimento Independente Mães de Maio com a Ponte Jornalismo. Nela estão reunidas as histórias de 13 mães, uma irmã e uma tia que tiveram seus parentes assassinados por agentes da força de segurança pública.

O livro faz uma referência aos assassinatos ocorridos em Maio de 2006, quando integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) entraram em confronto com tais agentes. Segundo dados levantados por André Caramante, entre 2006 e julho de 2016, quando o enfrentamento completou dez anos, 6.963 pessoas foram mortas por policiais militares do Estado. Entre junho de 1995 e julho de 2016, o número aumenta para 12.236. Em seu prefácio, Eliane Brum lamenta que no Brasil “genocídio” já não diz. E num país em que as palavras não dizem, resta o sangue. “Sou vítima do Estado não só no Dia das Mães, mas no direito de não mais comemorar o meu aniversário, como todas nós. O Estado destruiu minha família. Era eu e meus três filhos”, Débora Maria da Silva, mãe de Rogério, irmã de Dema e viúva de Edson.

Saiba mais:

Ponte Jornalismo

Livro “Mães em Luta – Dez anos dos Crimes de Maio de 2006” é lançado em SP

 

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