Cidades de todo o mundo participaram da Marcha Popular pelo Clima, em NY

Resíduos Sólidos, Inclusão e Sustentabilidade
10 de outubro de 2014

Cidades de todo o mundo participaram da Marcha Popular pelo Clima, no dia 21 de setembro, em Nova York, iniciativa organizada por mais de 2 mil grupos para pressionar os governos por medidas efetivas relativas ao clima durante a Cúpula sobre o Clima nas Nações Unidas. Rio de Janeiro, Paris, Sydney, Madri, Bogotá e Buenos Aires foram algumas das cidades onde ocorreram marchas e manifestações para reivindicar ações contra o aquecimento global do planeta, dado que dois dias depois haveria a reunião de 120 países na sede das Nações Unidas.

A maior concentração ocorreu na metrópole norte-americana, que contou com a participação de cerca de 350 mil pessoas. A manifestação em Nova Iorque teve a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e de políticos como o ex-vice-presidente americano, Al Gore, e o prefeito da cidade, Bill de Blasio, que também caminharam com os manifestantes.

A Marcha Popular pelo Clima começou no cruzamento sudoeste do Central Park e terminou em uma avenida do oeste de Nova York, após quase quatro horas de percurso.

Participaram da Marcha, pelo Instituto Pólis, Elisabeth Grimberg, representando a recém-criada Aliança Resíduo Zero Brasil, Silvio Caccia Bava, diretor do Le Monde Diplomatique Brasil, e Nelson Saule Junior, coordenador de Direito à Cidade.

Elisabeth Grimberg também participou de um dos painéis da People’s Climate Justice Summit, evento organizado pelo CJA (Climate Justice Alliance), com uma apresentação no dia 23 de setembro, na New School, para o painel “Towards Living Economies 2: Just Transition Strategies” (“A caminho das Economias Vivas 2: Estratégias Justas de Transição”).

Grimberg falou sobre a Aliança Resíduo Zero Brasil, lançada no dia 19 de setembro de 2014. “Nesta rede estamos tratando de temas como clima, resíduos sólidos e justiça social e ambiental. Então, podemos afirmar aqui que: Ação Climática é Resíduo Zero com Justiça.”

Falou ainda sobre justiça social e a experiência da luta dos catadores no Brasil, sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e sobre a implementação de alternativas sustentáveis para o tratamento dos resíduos.

“Estamos lutando desde os anos 1990 contra incineradores, e trazendo alternativas para o tratamento dos resíduos sólidos. Agora no Brasil, a discussão sobre compostagem e biodigestão está crescendo dia após dia, mesmo sabendo que nosso desafio é enorme em comparação com o que já acontece na Califórnia, por exemplo. O alcance é tal que a política nacional aponta para práticas sustentáveis de tratamento, com exceção de um artigo que permite a incineração. Baseamo-nos nisso para afirmar outras possibilidades”.

 

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