Jovens participam de vivências lúdicas e criativas na Escola Municipal de Iniciação Artística

Cidadania Cultural, Juventudes, Formação, Democracia e Participação, Convivência e Paz
4 de novembro de 2015

de Pontão de Convivência e Cultura de Paz

No coração do Parque Lina e Paulo Raia, no Jabaquara, zona sul de São Paulo, entre copaíbas, guaxupitas, jabuticabeiras, jerivás, paineiras e sibipirunas, a arte respira e pulsa na Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA). No dia 20 de julho o local recebeu os/as jovens monitores/as do Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC) desenvolvido pelo Instituto Pólis para uma formação teórica repleta de vivências artísticas e culturais.

Tanto a estruturação e organização da escola como as suas diretrizes pedagógicas e artísticas foram apresentadas em uma roda de conversa por Evandro Silveira, assessor artístico da EMIA, e Liseti Bonamin, coordenadora de artes visuais.

Sua história começou na década de 80. Inicialmente a escola era voltada para a iniciação musical de crianças. A expansão das linguagens artísticas veio também com a própria expansão física do espaço: a EMIA é constituída por três casas dentro do Parque Lina e Paulo Raia – Casas 01, 02 e 03. Seu funcionamento ocorria somente na Casa 03, onde as demais casas eram ocupadas pela Cinemateca Brasileira. Após a transferência da Cinemateca para outro local, a partir dos anos 2000, a escola passou a ocupar as Casas 01 e 02.

Atualmente a EMIA trabalha com as linguagens de Música, Dança, Teatro e Artes Visuais e atende anualmente mais de 1.000 crianças de cinco a 12 anos de idade. Financiada pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC) através do Departamento de Expansão Cultural (DEC), a escola propõe situações de aprendizagem baseadas no fazer artístico, no senso estético e crítico e no uso da criatividade e imaginação. “A gente fala que a escola está com 35 anos, mas está sempre em transformação, sempre mudando”, comenta Evandro.

Todas as linguagens artísticas dialogam entre si e são orientadas por professores/as artistas, possibilitando que os/as alunos/as tenham um contato expandido com a arte e a cultura. “Ainda existe a mentalidade de que aqui é uma escola de música. Queremos cada vez mais mostrar que aqui é uma escola de iniciação artística, não estamos preocupados em formar um músico ou um artista. Estamos preocupados em formar uma pessoa que tenha esse contato com a arte, pois a arte é importante para a pessoa, qualquer que seja o caminho profissional que ela venha a tomar”, explica.

Para Liseti, é de extrema importância a preservação da filosofia da escola para que não se perca tudo o que foi construído em 35 anos de história. “A coordenação sempre trabalha junto da direção. Mesmo que ela venha de fora, a direção tem que começar a entender como funciona aqui dentro. Já tivemos algumas dificuldades, mas sempre conseguimos superar cada governo que veio. A comunidade trabalha muito conosco e todo mundo que trabalha aqui está sempre contribuindo”.

De acordo com Evandro Silveira, também é muito importante o apoio de toda a comunidade. A escola busca continuamente trazer os pais dos/as alunos/as para mais perto da escola. Para ele, esse contato enriquece não apenas a escola, mas também os/as próprios/as alunos/as.

“Essa escola passou por inúmeras crises, pensaram em fechá-la em vários momentos, e quem conseguiu reverter isso foi basicamente a comunidade de pais dos alunos. Eles foram até a prefeitura, fizeram passeatas e abaixo-assinado. E não é só nesse sentido, mas na questão de enriquecer mesmo o projeto da escola, isso é muito importante”, comenta.

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Assista o vídeo da formação na EMIA:

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