Jogos teatrais aquecem discussão sobre Núcleo de Fomentos Culturais no Programa Jovem Monitor Cultural
de Pontão Convivência e Cultura de Paz
Os/as integrantes do Programa Jovem Monitor Cultural desenvolvido pelo Instituto Pólis participaram, no dia 22 de junho, de uma formação teórica sobre o Núcleo de Fomentos Culturais. Para introduzir a discussão, eles/as puderam vivenciar alguns jogos teatrais sob a orientação de Carlos Gomes, ator e coordenador do programa Fomento ao Teatro.
Foi realizado um aquecimento envolvendo alongamento, relaxamento, equilíbrio e dança. Foram realizados jogos teatrais com o objetivo de introduzir e fazer a conexão com a linguagem teatral, trabalhando elementos necessários para a atuação em cena: concentração, reflexo, interação, confiança, segurança, desenvoltura, etc.
A ideia foi vivenciar alguns aspectos do teatro para aquecer, no período da tarde, a discussão sobre o Núcleo de Fomentos Culturais e como ele se constitui na cidade de São Paulo.
Cultura como direito: uma trajetória
Marisabel Lessi de Mello, diretora do Núcleo de Fomentos Culturais/Linguagens da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), realizou uma breve palestra sobre o panorama geral e o histórico do Núcleo de Fomentos Culturais.
Segundo Marisabel, em 1989 inicia-se um “ponto de inflexão” na história da Prefeitura de São Paulo no que diz respeito às políticas públicas e de direitos, com a gestão de Luiza Erundina na prefeitura e Marilena Chauí na SMC. “A gestão da Luiza Erundina vem romper um ciclo de políticas autoritárias, não só na cultura, mas na prefeitura como um todo”, comenta.
Começa-se, então, a forjar no final dos anos 80 e começo dos anos 90 a cidadania cultural, conceito que reverbera até nos dias atuais como parte do eixo da cultura como direito: direito ao acesso à cultura, direito à fruição cultural, direito à produção cultural, direito à participação nas decisões da política cultural, direito à experimentação e à informação. “[Esse conceito] tem como centro o cidadão como sujeito do processo e não como simplesmente um consumidor, um contribuinte”, explica.
Após avanços e retrocessos em gestões seguintes, novas políticas públicas surgiram a partir da pressão de movimentos sociais e culturais na gestão de Marta Suplicy. O movimento Arte Contra a Barbárie, organizado por grupos teatrais da cidade de São Paulo, consegue a aprovação do Programa Municipal de Fomento ao Teatro estabelecido pela Lei 13.279, em 2002, após diversas articulações e reivindicações.
“Temos que pensar que o Fomento ao Teatro vai buscar o fortalecimento dos grupos, das pesquisas e da relação desses grupos com a cidade”, comenta Carlos Gomes.
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Confira o vídeo sobre a formação:
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