Como estamos criando cidades melancólicas
Em entrevista à jornalista Maria Rita Kehl no programa Café Filosófico, a urbanista Ermínia Maricato explica os fatores que levam à melancolia na desigualdade urbana
Como a configuração e a arquitetura das cidades se relacionam com a melancolia? No programa Café Filosófico, Ermínia Maricato, arquiteta e urbanista, explica como as desigualdades urbanas têm gerado um estado melancólico e depressivo na população.
A melancolia também tem um caráter social. Nesse sentido, o melancólico é o estado daquele que se sente impotente, no caso das pessoas que vivem nas cidades, diante da construção opressora e excludente das cidades. Assim, segundo a especialista, a condição econômica, política e social influenciará na saúde mental de cada indivíduo. O tempo de transporte, a localização de moradia, estudo e trabalho, a concentração de empregos, e outros fatores fazem parte deste processo de exclusão da população periférica, por exemplo.
A ocupação dos espaços públicos e a efetivação das legislações acerca de assuntos que estão intrínsecos às cidades são dispositivos que levam ao caminho oposto ao da melancolia.
Veja o vídeo na íntegra abaixo:
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É por isso então que sinto saudades lá do meu bairro onde não moro mais.
Eu penso que enquanto não tivermos profissionais adequados em cargos públicos de direção não teremos absolutamente nada , como exemplo sito Curitiba aonde tivemos por muito tempo norteada pelo Arquiteto Jaime Lerner . Mesmo assim não conseguimos obter uma fórmula de sucesso para cidades naturais é tão pouco as projetadas o que observo é que somente a educação faz as pessoas serem mais sanas . Vejam um exemplo clássico de civilização tribal , aonde a sociedade é orquestradas pelo respeito e pelos princípios encinados pelos anciões. Creio que nós Urbanistas apenas contribuímos para todo o bem estar e conforto do entorno mas o cerne deve partir da educação .