Alimentação: há parceria entre setor privado e sustentabilidade?
Especialistas criticam e alertam a participação crescente do setor privado em questões de Segurança Alimentar e Nutricional no mundo
Com a recessão econômica, a população de vários países recorrem a alternativas sustentáveis de compras alimentícias como uma alternativa mais barata. Segundo um estudo realizado esse ano por uma empresa que analisa tendências de consumo, no Brasil, 25% dos consumidores preferem refrigerantes em garrafas de vidro reutilizáveis porque custam menos que as de plástico. Porém, para Christiane Araújo Costa, coordenadora de Alimentação e Segurança Alimentar do Instituto Polis, e Fábio Gomes, assessor regional em nutrição e atividade física da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), há grandes conflitos de interesse entre a indústria alimentícia e a garantia de uma alimentação saudável e sustentável.
Fábio afirma que “se o objetivo da empresa é vender refrigerante e o da saúde é reduzir o consumo de bebidas açucaradas, não há como estabelecer uma parceria”. Christiane lembra que durante o 43º encontro do Comitê de Segurança Alimentar Mundial da ONU foi realizada, pela sociedade civil, uma crítica à crescente participação do setor privado no evento.
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