APROPRIARTE: Conviver em paz nas cidades: apropriação cultural e cultura de paz
Dia 25 de junho de 2011, o bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro, acordou agitado. Aconteceu o Apropriarte – Conviver em Paz nas Cidades, encontro que buscou o diálogo com a população local visando a apropriação do espaço urbano com artemetodologias de intervenção, apoiada nos princípios da não-violência e cultura de paz. A iniciativa foi uma parceira entre o Pontão de Convivência e Cultura da Paz do Instituto Pólis (SP) e coletivos culturais do Rio de Janeiro, como por exemplo o Pontão Tá na Rua e o Pontão Nina Griô (Campinas SP), além da participação colaborativa de artistas e grupos culturais conveniados ou não aos Pontos de Cultura.
Podemos entender a cultura de paz como um processo permanente que envolve atitudes, comportamentos, valores, sentimentos ,visões de mundo, paradigmas de um outro fazer, pensar e agir – que têm como essência a resolução pacífica dos conflitos, a partir do reconhecimento do outro e de si mesmo e da comunidade dos seres vivos. Resolver os conflitos com não-violência e construir a cultura de paz implica em estabelecer novas metodologias de convivência, do viver entre diferentes, dos processos democráticos, dos compartilhamentos nas comunidades, do decidir sobre os fazeres socioculturais. É um processo mais complexo do que o combate à violência direta, estrutural e cultural. Por isso, a Cultura de Paz é mais que um simples tema, trata-se de visões de mundo, filosofias do viver em comum, paradigmas de um novo processo civilizatório.
Apropriarte. Santa Teresa, Rio de Janeiro.
Um dos maiores desafios contemporâneos é construir processos socioculturais com ações, pensamentos, metáforas, símbolos contextualizados em cenários de paz. Isso não quer dizer que o conflito deixe de ser reconhecido: o conflito existe, mas não é necessário se transformar em disputas violentas. Gandhi já condenava esta Lei do Talião da vida social ao afirmar que, se enfrentarmos os conflitos com violência, a longo prazo, estaremos cegos. O poeta surrealista André Breton escreve no Manifesto Surrealista : “Será preciso retirar da guerra todos os titulos de nobreza”. Temos muito presente em nosso imaginário a Pax Romana, que se estabelecia com a ocupação dos territórios – invadia-se e depois se pensava em processos de paz, quando tudo estava “dominado”. A Pax Romana, expressão latina para “a paz romana”, é um processo de paz relativa, gerada pelo poder das armas e pelo autoritarismo. E assim a guerra foi estruturando sociedades e civilizações. Muitos transformadores sérios ainda recitam em seus discursos a famosa frase do militar prussiano Carl Phillip Gottlieb von Clausewitz “a guerra é a continuação da política por outros meios”, para justificar a ação política na guerra inevitável.
A arte da paz está justamente em encontrar pontos de convivência que permitam uma relação do tipo soma-soma, uma produção de sentidos para todos os envolvidos, reconhecendo-se razões múltiplas e não apenas de um dos interlocutores. Uma das grandes questões é identificar onde e como está o conflito, suas formas de resolução e o crescimento transformativo de todas as partes. Assim, abordar a cultura de paz nas redes de paz sem dúvida será sempre importante, mas o grande desafio, nos próximos anos, será encontrar formas de comunicação e construção de convivência no interior dos territórios vulneráveis, com “pessoas comuns”, a partir da multiplicidade de pontos de vista dos agentes locais, do “ouvir para compreender” nestas comunidades. E a partir daí deverá ser dado um grande salto na cultura de paz ao incorporar estas metodologias, artemetodologias (insistimos nessa expressão porque os métodos científicos não dão conta deste processo; a arte é o cenário criativo que pode dar liga às pessoas, à comunicação, ao desenvolvimento de potenciais) nas políticas públicas transversais.
Sair dos “templos” da cultura para construir processos educativos e culturais no mundo público das ruas, praças, logradouros, poderá ser uma ideia-força construtiva de novos valores, verdadeiras contralinguagens ao Mass Media, que banaliza visões de mundo e empobrece processos existenciais e potencialmente ricos. Retomar o cotidiano com arte, eis o mote dessa proposta cultural. Reconquistar o cotidiano- profano com reencantamento, dando um novo sentido à vida em comunidade.
Sabemos que a vida urbana, apesar de todas as suas reinvenções, é marcada pelo extremo individualismo, pela pressa voraz, pela estética da repressão e pelo desequilíbrio de toda ordem. Nesse sentido, qualquer processo de ocupação/apropriação cultural deverá ter em conta artemetodologias de convivência e cultura de paz. Não queremos com isso engessar processos espontâneos criativos, pois a poética da “apropriação” está na liberdade e na espontaneidade criativa. A ausculta tem pontos de partida, mas não necessariamente pontos de chegada: depende da qualidade das intervenções, da arte, do espontâneo, dos atores locais, dos graus de conflito, das poéticas da vida social presentes no acontecimento.
A ideia é simples, mas complexa. Apropriar-se culturalmente (com atores culturais locais) do espaço público – os lugares fora dos templos da cultura: – conversar com a população sobre temas definidos (e decorrentes). Ouvi-la, auscultá-la, isso é, ouvir seus ruídos interiores, sua subjetividade, expressão verbal e corporal, com espírito de convivência e cultura de paz. A chave está em fazer isso com muita arte e desenvolvimento de potências criativas; com diálogos entre atores culturais locais e redes presentes; com realidades poéticas potentes. Não há dúvida de que se trata de uma proposta de reencantamento da cidade a partir da localidade.
Para que isso ocorra é necessário um planejamento minucioso entre os organizadores da intervenção pública. Porém, o entusiasmo é ingrediente vital: acreditar na ação, no seu poder transformador de valores e da própria estética da cidade. No caso de Santa Teresa – RJ, pode-se tomar como proposta, a ação anterior nas redes sociais: facebook, twitter, como determinante para a mobilização e a criação de expectativas sobre o evento. Recebemos críticas, entre elas da Amast – Associação de Amigos de Santa Teresa, que embalados pela proibição de evento de música da semana anterior, participaram do encontro contribuindo com o diálogo público no bairro. Este debate gerou envolvimentos, esclarecimentos, críticas, etc. Mais adiante, após a realização dos dois encontros, ao analisarmos os materiais, poderemos saber se os princípios e metodologias da convivência foram respeitados. Vale aqui apenas indicar a importância das redes sociais para esta mobilização. Não há dúvida que após os acontecimentos no mundo árabe, estimulados pela Praça Tahir, essas redes ganham uma nova qualidade na mobilização pública por direitos.
É necessário também realizar um mapeamento prévio dos atores locais e dos parceiros, o envolvimento, contribuições para a ação, etc. Geralmente são poucas redes que estão envolvidas na mobilização, no entanto esta ou aquela poderá contribuir com som, cartazes, testemunhos, pequenas falas, segurança, ecologia do evento e outros.
Em Santa Teresa, a Policia Militar esteve presente para impedir o evento. Os processos de convivência começaram em diálogos com a PM para que liberasse o Encontro Apropriarte. Alegamos o direito que todo cidadão tem de manifestar a sua liberdade de expressão, que esta garantido pela Constituição, nossa lei maior. Tratar o conflito buscando métodos dialógicos e colaborativos faz parte da metodologia do Apropriarte. A PM dizia que não havia sido consultada pelos organizadores do evento. Os organizadores, acompanhados de advogado, munidos de citações do Art. 5º da Constituição Federal – ( “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”), de um documento de apoio da realização do evento da prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, de uma carta protocolada assinada pela policia do bairro de Santa Teresa, de cartazes do Pontão de Cultura de Paz, do folder convocatório do evento com logo do Ministério da Cultura e do Governo Federal – traziam elementos para o diálogo, além da negativa pura e simples da ação policial ou da afirmação de que “vamos fazer de qualquer jeito”. Por outro lado, ganhavam tempo e também praticavam a “desobediência civil”, método gandhiano por excelência, quando a lei tem serventia para facilitar ordens não democráticas.
Depois de algumas horas de intensa negociação o lugar foi liberado, pacificamente, após a intervenção de militares graduados da PM e da intervenção de parlamentares e da própria associação que afirmou “nunca ter proibido o evento” (sic). O Apropriarte dá sequência com a presença simpática e criativa dos animadores (Santini e Barão – Paulo Rafael) que construíram uma narrativa plural, multicolorida, auscultadora, poética. Foram também amorosos e acolhedores – mesmo com opiniões polêmicas – como a da presidente da Amast. E o evento desenvolveu-se com entrevistas, testemunhos, críticas, poetas, músicos, clown (Godô é impagável!), aplausos, vivência griô: roda de ciranda, abraços, contação de histórias, mestres e griôs, performances de idosos, – alguns adoentados ou enfraquecidos, – observadores atentos das ruas… Muito improviso, leituras, ativistas de movimentos socioculturais (Espanha/ Marcha dos Indignados, Marcha das Vadias, Marcha da Liberdade, Pontos de Cultura, etc) – uma multiplicidade de vozes, cores, opiniões. O evento também trazia propostas de debates públicos a céu aberto, a criação de um Fórum de Cultura de Santa Teresa, convite para outros eventos desta natureza, como o da inauguração do Cine Escada, no domingo seguinte, maior participação na Associação de moradores, necessidade de aprovar a Lei Cultura Viva e da Lei Griô, entre outros.
O interessante é que a intervenção não se transformou em evento, mas em processo, com continuidade; e não se caracterizou pela apresentação artística, mas pela conversa pública: a cultura foi ingrediente, alma e massa muscular, mas a conversa e a convivência foram o foco do acontecimento. Sem dúvida que o diferencial do Apropriarte é conversa “agórica”, com diálogos públicos, testemunhos, expressões verbais. A apresentação artística na rua acontece sempre, em todos os lugares; na Europa e no hemisfério norte, de maneira geral, a arte está presente em todos os lugares públicos . Mas aqui estamos falando de diálogos públicos, não apenas apresentação artística. Esta proposta de Conversa de Rua desenvolve-se desde os anos 90, na Gestão 89/92 em São Paulo, na Secretaria da Cultura, Fórum Intermunicipal de Cultura (1994/1997) e mais recentemente (2002/2007), no Fórum Social Mundial e em dezenas de lugares públicos de São Paulo. Outras propostas similares, como Aulas Públicas e Psicodrama da Cidade também têm acontecido nos espaços públicos, assim como algumas propostas do Teatro de Rua, que visam uma maior interação e convívio urbano. O Apropriarte, Conversas de Rua, Psicodrama da Cidade são tecnologias socioculturais que podem contribuir com processos educativos e poéticos e ressignificar o viver urbano a partir das relações entre os seus habitantes – as trocas de experiências, a criatividade coletiva, os posicionamentos públicos, a ética do cuidado e da solidariedade, a política participativa, o imaginário poético, podem constituir-se em potências vitais do viver humano nas cidades.
Passo agora a desenvolver algumas ideias importantes para ações desta natureza:
1. Definição dos objetivos e resultados esperados do Apropriarte :
É importante que fique claro que se trata de um encontro de convivência e cultura de paz e não mais um evento artístico no espaço público. Um acontecimento desta natureza tem pressupostos e metodologias próprias; buscar o diálogo, o sentimento assertivo e amoroso, exemplos de cultura de paz, escutas, convergências, consonâncias, etc – ajudam no sucesso do diálogo. Durante a atividade, nos intervalos narrativos, este objetivo deverá ser sempre retomado com clareza.
2. Mapeamento dos atores:
Todos os “atores” com seus respectivos fazeres, parcerias, apoios, necessitam ser mapeados durante a preparação do encontro de rua. É necessário também saber o que queremos de outros atores como governo federal, estadual, prefeitura do município, administração regional, representação do Minc, articulação de Pontos de Cultura. Quanto maior o conjunto de atores envolvidos, melhor . Mas é necessário distribuir tarefas e responsabilidades . A coorganização com atores já envolvidos em temas e redes de paz é essencial para dar o tom do trabalho, discutir conceitos, ideias, objetivos, resultados para que haja uma unidade de ação no trabalho, unidade na diversidade, “somos iguais, mas diferentes”.
3. Novas tecnologias, redes sociais:
O Apropriarte de Santa Teresa demonstrou a efetividade das redes sociais na mobilização pública. A ação vai ganhando corpo ao longo dos dias que o antecede: seus temas podem ser debatidos, ideias, propostas. É importante não esquecer de combinar as TICs e as TACs ( tecnologias de aprendizagem e convivência, no dizer do educador Tião Rocha), ou seja, o virtual e o presencial. Encontros presenciais podem ser combinados com realidades virtuais da rede social. O ponto de animação da rede social deve entender que o processo mediativo inicia-se já neste momento, facilitando a escuta, possibilitando falas, contribuindo para construir a razão de cada fala, estimulando a diversidade criativa.
4. Roteiro narrativo:
Deve-se estudar o roteiro geral entre os animadores da Rádioweb e os parceiros definindo a abertura, fala inicial, sequência de entradas, entrevistas, testemunhos, grupos que se apresentarão. Pode haver um mote geral que alinhava todo o encontro, ou uma figura que faz essa liga, um palhaço, um clown, um animador etc.
5. Materiais e infraestrutura :
Levar materiais para dar corporeidade ao encontro: cartazes, banners, filipetas com informações, poemas, frases mobilizadoras, textos lúdicos, brincadeiras, camisetas, desenhos, charges etc. A infraestrutura é muito importante para dar fôlego à equipe organizadora: microfones, aparelhagens de som, telão, projetor, gerador, gravadores e filmadoras, computador para conexão online. A ação cultural deve atingir um público dez vezes maior com a participação virtual. Lanches, água, etc podem completar esta lista de materiais. Estes materiais podem ser distribuídos entre parceiros e apoiadores para facilitar o trabalho de organização.
6. Ética do cuidado:
É necessário uma pessoa responsável pela ecologia ambiental (limpeza, lixo, reciclagem de materiais, etc), pela segurança do ambiente (pessoas que transitam nas ruas próximas, preocupação com álcool, drogas, trânsito, estabelecimento de limites). Certa vez realizamos uma Conversa de Rua na Lapa, pela Aliança por um Mundo Responsável, Plural e Solidário e Rede Mundial de Artistas, e havia uma pessoa visivelmente drogada no ambiente, que atrapalhava o encontro. Como agir sem chamar a policia, que traria uma saída violenta? Como envolvê-lo com a ação ou mesmo minimizar a sua participação com procedimentos de convivência? Na ética do cuidado também é importante o vocabulário de paz, o cuidado com a linguagem, as metáforas utilizadas (em grande parte o “arsenal bélico” é evocado – e invocado- nestes acontecimentos). Os transformadores necessitam refundar a sua linguagem e buscar expressões e sentidos além das “estratégias” e “tiros ao alvo” e das “militâncias” (militar?). As mensagens devem ser expressas em vocabulário que dê um sentido mais pleno à cultura de paz.
7. A mediação transformativa
A mediação transformativa busca modificar procedimentos, comportamento e paradigmas dos protagonistas e não apenas busca resultados no campo da negociação.
“A mediação como prática formalizada e extrajudicial de solução de conflitos, sem pretensão de eliminá-los oferece alternativas para manejá-los, buscando soluções construtivas, criativas e restaurativas geradas em um contexto de colaboração, diálogo e reflexão.
A mediação vem se constituindo como um fenômeno de mudança e amadurecimento da sociedade. Considerando-se como uma expressão da crença no poder transformador do conflito, tem gerado conseqüências positivas para o convívio social que, ao construírem diferentes possibilidades de soluções para seus conflitos, reconstroem suas relações e a si mesmos.” (Instituto Familiae, Mediação Abordagem Transformativa Reflexiva, 2011)
Assim, estar atento para os aspectos educativos e transformativos da mediação significa escutar as partes e suas narrativas, construir sentidos com vozes múltiplas, encontrar caminhos satisfatórios para a resolução dos conflitos. Para isso é importante o vocabulário, os materiais utilizados, a presença de mediadores na localidade. As permissões para acontecer a ação de todas as instâncias, órgãos públicos etc, mesmo aquelas não solicitadas podem enriquecer o processo dialógico. No caso de Santa Teresa, os mediadores mostraram a importância do artigo 5 da Constituição, que garante o respeito à presença e opinião das pessoas em lugares públicos. Documentos como cartas do ministério, da câmara de vereadores, da representação regional, de Pontos de Cultura e até dos próprios moradores, podem ajudar no processo de mediação. Assim, fundamenta-se a legitimidade e ganha-se tempo numa possível proibição política. A figura do advogado-mediador joga um papel vital na definição destas regras de convívio entre o institucional e a vida poética da localidade, tensão que pode se apresentar desde o início do encontro.
8. Apreciação e continuidade:
Conforme já falamos no início deste artigo é muito importante levar em conta duas questões: que o encontro produza conteúdos de artemetodologia para trabalhos culturais com cultura de paz em lugares públicos, com dimensões poéticas, educativas, humanas e que gere a sua continuidade, através de outras inserções na localidade, com ações permanentes de apropriação urbana. Deve-se pensar que esta ideia-força, que também é uma ideia-poética, pode desencadear ações de ressignificação do espaço urbano. A rua sempre foi objeto de qualificações pejorativas, do ponto de vista dialógico e estético. Temos certeza que pode se constituir como lugar de reencantamento do público.
No mais, espera-se a espontaneidade poética construtora de mundos; não apenas resultados, mas a simplicidade, a gratuidade, a generosidade, a celebração da vida em comunidades de emoção.
Esta proposta é central para despertar todas as potências criativas de pessoas e coletivos. A participação ampla (brancos, negros, indígenas; várias opções sexuais, matizes políticos, variadas organizações) com o objetivo de apropriar-se dos lugares públicos com arte e cultura e incorporá-lo nas práticas cotidianas, podem dar um sentido singular às práticas culturais na cidade. Não há dúvida de que os próximos anos precisarão muito desta tecnologia de convivência/poética do social para aproximação da população em diálogo intercultural visando o desenvolvimento humano. A questão está em desenvolver esta atuação nos territórios da diversidade e vulnerabilidade e não apenas entre redes que já dispõem de conceitos e práticas comuns e civilidade no convívio. Produzir novos sentidos do público, desenvolver formas presenciais de comunicação não-violenta, envolver atores “opostos” e conectá-los em convergência, incluir novos diálogos e auscultas no rol das políticas públicas, incluir a não-violência ativa nas práticas sociais, podem dar um novo corpo e alma às ações de convivência e cultura de paz como paradigma de mudança do mundo contemporâneo.
Hamilton Faria é poeta, coordenador de desenvolvimento cultural do Instituto Pólis, agente de cultura de paz, consultor de cultura, autor de ensaios sobre a questão cultural nas cidades e professor universitário. Participa de redes culturais no Brasil e no exterior.
Agradeço a interlocução de Martha Lemos, Valmir de Souza, Wanda Martins, Altair Moreira, Daniel Hylário, Carol Caffé e Veridiana Negrini, da equipe de Cultura do Instituto Pólis, para a elaboração deste texto.
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