Mais Direitos, Mais Democracia: uma resposta aos retrocessos
Redes, entidades e movimentos sociais se unem para fazer uma disputa de valores no campo dos direitos humanos e da garantia e ampliação da democracia no Brasil
Com o mote “Mais Direitos, Mais Democracia”, a Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil e a Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos, e suas respectivas entidades filiadas, dentre as quais o Instituto Pólis se encontra, lançaram no dia 28 de julho desse ano a campanha Mais Direitos, Mais Democracia – Todos os Direitos para Todas as Pessoas. Mais saúde, mais democracia. Mais educação, mais democracia. Mais inclusão, mais democracia!
A ação surge como uma resposta ao espaço reacionário que o Brasil vive, especialmente após o afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff. Desde nossa colonização, perdura-se a violência diária conta os direitos humanos. Todas as inconfidências e revoltas que estudamos nos livros de história fazem parte de uma guerra, cujo sentido é distorcido por uma conciliação de mão única. Fato é que persistem até os dias atuais a concentração de terra e de renda, o assalto de riquezas naturais e matança das culturas e povos e comunidades tradicionais, a exclusão de negros e negras do mercado e da educação, a estrutura homofóbica, misógina e machista e a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras. Isso configurou uma sociedade desigual, de um lado quem não quer perder os privilégios e do outro quem luta pelos direitos.
Esse quadro se acentuou no Brasil recentemente por conta da propaganda conservadora disseminada pela velha mídia sobre os movimentos sociais e da configuração do Congresso Nacional, com personalidades fundamentalistas e reacionárias. Repetidamente, esses fatores levaram a um espaço simbólico desfavorável para a luta pelos direitos humanos e favorável à criminalização dos movimentos sociais e da liberdade democrática.
Visto que esse processo conservador não tem foco somente no Brasil, mas na América Latina, a campanha Mais Direitos, Mais Democracia objetiva trazer discussões sobre um projeto de Estado igualitário e justo. E, para isso, os objetivos da campanha são defender a Democracia, dialogar com a sociedade sobre o que os direitos humanos significam e combater, assim, o senso comum. Além de afirmar as identidades e a “autonomia de grupos marginalizados”, como diz o manifesto. Para isso, a campanha tem a Plataforma Dhesca como uma voz canalizadora do cenário pública.
Clique aqui para ler e aderir ao Manifesto Mais Direitos Mais Democracia
Com essas ações, o que está em jogo é defender um projeto de sociedade que resolva os entraves de uma sociedade desigual, não pelo viés conciliatório, que traz uma falsa ideia de paz e de igualdade, mas levando em consideração as identidades e necessidades de cada grupo.
Curta a página da campanha no Facebook
Para mais informações, acesse: www.maisdireitosmaisdemocracia.org.br
Anterior / Próximo
Muito bom.
Interessante.
Gostei.
Bem interessante.
Interessante.