Revista produzida por jovens monitores/as já está disponível para download

Cidadania Cultural, Juventudes, Cineclube e Mídias, Formação, Democracia e Participação, Convivência e Paz
19 de junho de 2015

Já está disponível para download a revista produzida pelos/as jovens do Programa Jovem Monitor/a Cultural (PJMC) desenvolvido pelo Instituto Pólis. Fruto de um trabalho em conjunto entre a equipe do Instituto Pólis e a Secretaria Municipal de Cultura (SMC), a publicação é resultado de uma série de formações sobre Direito à Comunicação, Democratização da Mídia e Jornalismo Social e Comunitário. Para baixá-la, clique aqui.

Os/as jovens elaboraram pautas jornalísticas a partir das orientações dos jornalistas Thiago Borges, do site Periferia em Movimento, Marina Lopes, correspondente do Blog Mural, e Leandro Fonseca, assessor de comunicação do PJMC no instituto.

As pautas foram desenvolvidas e transformadas em matérias jornalísticas, cujos temas estão relacionados aos equipamentos e territórios onde atuam os/as monitores/as.

Os exemplares físicos podem ser adquiridos gratuitamente no Instituto Pólis (Rua Araújo, 124 – Vila Buarque), na Ação Educativa (Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque), na recepção da Galeria Olido (Avenida São João, 473 – Centro) ou no Centro Cultural da Juventude (Avenida Deputado Emílio Carlos, 3641 – Vila Nova Cachoeirinha).

Toda a diagramação da revista foi realizada pela jovem monitora Lisa Coelho, da Divisão de Programação do Departamento de Expansão Cultural (DEC), e pelo designer gráfico do DEC Fábio Carvalho.

“A revistinha vem pra somar aí com a nossa força”

A jovem monitora da Divisão de Programação do DEC, Letícia Rizzo, participou da elaboração das entrevistas da matéria “Da Vitrine à Paissandú”. A matéria traça um perfil da Vitrine da Dança, Sala Olido e Sala Paissandú da Galeria Olido a partir de entrevistas realizadas com gestores/as desses espaços.

“Achei bem bacana participar. Por mais que eu já tenha feito algumas entrevistas, já que faço jornalismo, essas foram diferentes porque tenho contato direto com os entrevistados. Eles trabalham comigo, então é um pouco estranho entrevistá-los ou mesmo elaborar perguntas para eles”, disse Letícia Rizzo.

Para a jovem monitora, que também é estudante de jornalismo, o trabalho funcionou como um espaço para praticar os conteúdos teóricos da faculdade. Além disso, serviu para entender o funcionamento do equipamento em que atua. “Por mais que eu acompanhe, já que atuo lá, é legal quando as coisas são esclarecidas, como eles fizeram, explicando tudo”, conta.

Já para o jovem monitor Rafael Fialho, que atua no Centro Cultural da Penha (CCP), o trabalho possibilitou o grupo conhecer espaços de cultura e convivência no território. Ele diz, também, que a publicação pode dar maior visibilidade aos temas abordados nas matérias. “Acredito que a publicação em si é algo muito bom. Ter registros das nossas produções é uma maneira de deixar um legado para a continuidade do Programa”, afirma.

Rafael e a jovem monitora Jéssica Inácio da Costa escreveram a matéria “Feira cultural Pueblo Andino: Espaço de convivência e resgate cultural”, que fala sobre essa feira realizada pela comunidade boliviana no bairro da Penha, zona leste de São Paulo.

A jovem monitora do Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes (CFCCT), Camila Araújo, junto ao jovem monitor Daniel Claudino, elaborou a entrevista com a arquiteta e artista plástica Natália Scromov Espada, que tem como uma das principais fontes de inspiração o bairro da Penha.

“O constante exercício da escrita e da leitura que tive que fazer para realizar a entrevista é importante, pois aumenta o repertório de conhecimentos e dá embasamento para a fala e no trato com as pessoas”, afirma a monitora.

Essa experiência a permitiu conhecer, também, outros elementos artísticos como arquitetura, arte visual e poesia voltada ao contexto urbano. “Não sabia como estas coisas poderiam se mesclar tão bem, de maneira a trazer à tona aspectos sobre a cultura boliviana. Isso te dá várias ideias de como intercambiar diferentes linguagens artísticas e culturas em projetos”, comenta.

“Foi uma boa experiência, mas ficaria satisfeito se fosse a primeira de muitas. Como todo bom aprendizado, eu levarei por toda minha caminhada”, contou o jovem monitor Elias Gehrti, que atua no teatro Zanoni Ferrite. Ele escreveu a matéria “Sarau Estrela do Norte”, sobre a ocupação de um coletivo de moradores em uma praça no bairro Patriarca, na zona leste. “Gosto quando a oportunidade de se expressar surge”.

Atuante no teatro Leopoldo Fróes, o jovem monitor Igor Valentin é um dos colaboradores da matéria “Cadeiras vazias em teatros”, que aborda os desafios da formação de público em alguns teatros distritais da zona sul. Ele diz que o exercício da escrita é muito importante, seja para produzir uma matéria jornalística ou trabalho acadêmico, e que o trabalho do grupo pode abrir caminhos para a reflexão sobre o papel dos equipamentos públicos nos territórios. “Essa reflexão, em minha opinião, tem que partir de todos, gestores, funcionários, jovens monitores e etc”, pontua.

Shayanny de Sá, que atua no teatro Leopoldo Fróes, também colaborou com essa matéria. Para ela, participar da atividade despertou em si a vontade de escrever mais. “Acredito na importância de divulgar e levantar dados, opiniões e informações sobre os equipamentos, eventos e assuntos culturais da cidade. Me senti colaborando positivamente no fomento da cultura e da cidade”.

“Gostei de ver que a voz dos jovens monitores está sendo ouvida e registrada. Eu acho que esse programa é revolucionário, porque ele de fato afeta a dinâmica dos equipamentos, no bom sentido. Traz novas perspectivas de se fazer política pública, mexe com as zonas de conforto. Então a revistinha vem pra somar aí com a nossa força”, completa Igor.

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